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PADORNELO

Blogue acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO, freguesia do concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, publicado por JOFRE DE LIMA MONTEIRO ALVES.

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28
Mai11

RECORDA O ÚLTIMO DOS FERREIROS DE PADORNELO

"Dantes o trabalho era muito, mas alguns não pagavam e outros pagavam-nos com ovos"

 

O NC tem vindo a realizar uma série de entrevistas com pessoas cuja profissão se extinguiu ou está prestes a extinguir-se. Nessa linha da evocação de profissões do “século passado”, chegou a vez do ferreiro.

 

Fomos assim bater à porta de Domingos da Conceição Fernandes, um dos sobreviventes da conhecida e estimada família dos ferreiros de Padornelo, os “Traias”. Solteiro, de 75 anos de idade, Domingos reside na humilde casa do Lugar dos Tojais que foi pertença e habitação de seus avós e pais, António Fernandes e Aurora da Conceição Fernandes.

 

De aspecto físico irrepreensível e bem-disposto, o ferreiro recebeu-nos com a educação e satisfação que é apanágio das pessoas humildes, abrindo-nos a porta de sua casa, na qual ainda sobrevivem as memórias da forja que trabalhou incessantemente décadas e décadas a fio. Domingos fez mesmo questão de mostrar-nos o que resta da velha oficina, em parte da sua casa.


Descreva-nos um pouco da sua vida como ferreiro e fale-nos das dificuldades com que foi criado, num tempo em que grande parte das gentes das nossas aldeias convivia diariamente com a mais absoluta miséria.


Éramos nove irmãos, todos sem saber ler nem escrever. Só eu e uma irmã é que ainda estamos vivos. Os irmãos mais velhos, tínhamos de trabalhar para o sustento dos mais novos, por isso, escola nem pensar! Trabalhávamos desde madrugada até altas horas da noite, ou seja de madrugada até de madrugada. Manhã muito cedo já os lavradores acorriam à oficina a fim de serem atendidos. Afiar ‘foicinhas’, ‘carbunhar’ enxadas, aguçar os picos para os homens cortarem a pedra, arranjar e construir machadas, ferragens para os carros de vaca eram alguns dos trabalhos que nos encomendavam.


Onde funcionava a vossa oficina, lá pelos anos quarenta e cinquenta do século passado?


No Lugar de Sigo, logo ali abaixo do rio. Tínhamos uma forja, serração de madeiras (um engenho) e moinhos para moer o grão de milho e outros cereais. Havia muito movimento naquele tempo, e como havia gente por todo o lado e muita alegria, as pessoas até se esqueciam da miséria e da fome que passavam. Era tudo gente muito séria e honrada. Nascemos pobres e vivemos pobres. Naquele tempo não havia dinheiro, lembro-me perfeitamente que algumas pessoas nos pagavam os trabalhos com ovos, outras não pagavam nada. Só no Lugar dos Tojais havia quatro mercearias, barbeiros, carpinteiros, moleiros, ferreiros, sapateiros, a padaria das padecas; moravam aqui padres, professores e viscondes. Nem é bom lembrar, porque hoje não há pessoas, que pena tenho daqueles tempos! Tudo acabou, hoje apenas existe a mercearia do filho do Guilherme, um salão de cabeleireira e o Lar de Idosos.


Como ocupa hoje o seu tempo?


Durmo até tarde, como a refeição que me vem do Lar, depois boto uma sesta. Mais tarde vou até à casa do meu sobrinho, assim vou queimando o tempo… quando noutros tempos era o tempo que me queimava a mim. Mas, claro, hoje a vida é muito melhor do que nos tempos atrasados. Nunca fui de muitas conversas, ainda vou fazendo umas pequenas peças de artesanato, que vou vender todos os anos à feira da mostra, à vila.


Explique-nos o que era isso de dar a têmpera e caldear as ferramentas.


Olhe, naquele tempo nada se perdia. Os lavradores já compravam as enxadas de cavar a terra conhecidas pelos seus tamanhos, de 1 a 4 libras. Dada a sua qualidade e duração, as melhores vinham de Espanha, marca ‘Bolota’. Depois de gastas, nós fazíamos umas mais pequenas ou mesmo delas fazíamos outras peças de ferramentas, ‘foicinhos’, sachos para o milho, nada se podia perder. A chamada têmpera era o segredo do negócio e do artista, poucos sabiam dar essa têmpera. Caldear era juntar as peças com pasta a que chamávamos o casamento perfeito. Caldeava, malhava e por fim a tal têmpera, que se dava no depósito de água que tínhamos na forja. Havia a têmpera branca e a têmpera azul, quer dizer, ao introduzir as peças na água, ainda vermelhas do lume, havia que saber como fazer. Por fim, as peças ainda quentes eram besuntadas com corno de carneiro.

 

José Cunha

 

NOTÍCIAS DE COURA, edição n.º 184, 24 de Maio de 2011, p. 45.

 

http://www.noticiasdecoura.com/index.php?pag=noticia_detalhes&recordID=4658

 

27
Mai11

CASAMENTO ELEGANTE DA MARLENE

    No passado dia 14 de Maio de 2011, sábado, a Marlene Isabel Vaz Barbosa e o Roberto Miguel de Sá Castro subiram ao altar da Capela do Senhor Ecce Homo a fim de receberem a bênção nupcial e celebrarem os votos matrimoniais perante a Igreja e a nossa comunidade.

 

    A noiva, a radiosa Marlene Barbosa, do Sobreiro, lugar da freguesia de Padornelo, licenciada em Educação Básica e de Infância e empenhada dirigente da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Padornelo, é dilecta filha do nosso particular amigo Amâncio Barbosa Lourenço e da D. Felisbela Barbosa Vaz, teve a solene companhia dos padrinhos e tios Aristides de Sá Peres e D. Maria da Conceição Barbosa Vaz.

 

    Por sua vez o noivo Roberto Castro, da vizinha freguesia de Parada, neste concelho de Paredes de Coura, é filho de Manuel Varajão de Castro e de Maria da Nazaré de Sá Castro, e foi acompanhado nesta ridente hora pelos padrinhos Manuel Barreiro Lourenço e Maria Margarida de Sá Castro.

26
Mai11

A JOANA LOUREIRO JÁ É LICENCIADA

    A Joana Raquel Gomes Loureiro concluiu este mês a sua licenciatura em Medicina Nuclear pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto. A gentil jovem, de 21 anos de idade e um futuro promissor à sua frente, é filha embevecida do nosso amigo Porfírio José da Silva Loureiro, empresário e secretário da Junta de Freguesia de Padornelo, e de D. Ana Margarida Pereira Gomes Loureiro.

 

    A Joana Loureiro torna-se, assim, motivo de ufania para os pais, mas também para todos os padornelenses, por ter concluído meritoriamente a sua formação, pese embora o latente mundo de dificuldades que a sua tenacidade, capacidade e bom-senso saberão vencer e guiá-la para os merecidos caminhos do sucesso.

25
Mai11

AUTARCA AMÂNCIO BARBOSA LEVOU PADORNELO À TELEVISÃO

    Presidente da Junta de Freguesia de Padornelo há 37 anos, a tarde de 2 de Maio foi de Amâncio Barbosa, figura de relevo no programa de Fátima Lopes na TVI.

 

    O autarca esteve nos estúdios de Queluz, sendo entrevistado na rubrica “História de Vida” do programa “A Tarde é Sua”, dado como exemplo de autarca modelo, presidente de junta mais antigo do país. “Comecei há 37 anos, logo a seguir ao 25 de Abril, na Comissão Administrativa e lá me mantenho até hoje”, rememora Amâncio, que reconhece: “o povo é assim que quer, mas agora vou ter que sair, com a nova lei”.

 

    “A TVI há muito que andava a insistir comigo para ir ao programa, dizem que tenho uma história de vida exemplar, de amor pela terra e trabalho em prol do povo”, explica o autarca. Todavia, afiança que tudo o que fez foi «por prazer e sem ganhar nada durante muitos anos”.

 

    “Sabe sempre bem receber estas homenagens, mas a Junta não sou só eu, foram comigo ao programa o secretário Porfírio Loureiro e a tesoureira Luísa Sá, porque nós trabalhamos em equipa”.

 

    Aos 68 anos de idade, com seis filhos e oito netos, Amâncio confessa que quando acabar o mandato vai ter finalmente “oportunidade de estar mais perto da família, por isso não vou ter saudade da junta”. Na hora dos desabafos, não esconde alguma mágoa por “haver pessoas que se esquecem como fizemos das tripas coração para recuperar Padornelo do atraso que tinha há 30 anos, e de como dotámos a freguesia de todas as infra-estruturas necessárias”.

 

    Mas o sorriso volta-lhe ao rosto quando acrescenta que “felizmente esses são apenas uma minoria; a maior parte do povo de Padornelo insistiu sempre para que eu me recandidatasse enquanto tivesse forças”. Não será por falta de forças e determinação que o decano dos autarcas courenses não poderá voltar às urnas nas próximas autárquicas. A nova lei assim o exige.

 

Manuel dos Santos da Cruz

 

Notícia do jornal NOTÍCIAS DE COURA, edição n.º 184, de 24 de Maio de 2011, p. 23.

24
Mai11

Morreu José Gomes, sacristão durante 60 anos

    No dia 28 de Abril [2011] morreu um dos mais estimados e populares padornelense do último século, José Fernandes Gomes, de 87 anos de idade. Sem que nada o fizesse prever, o antigo sacristão morreu subitamente na sua casa, no lugar da Valinha, em Padornelo.

 

    A freguesia chora ainda a perda de um homem íntegro e de bondade sem limites. Sacristão durante 60 anos, José Gomes dedicou a sua longa vida à igreja, confessando mesmo poucos dias antes de morrer que não passar “um dia sem ver a capela do Ecce Homo e ouvir o toque do sino”.

 

    No seu funeral esteve o antigo pároco de Padornelo, padre Manuel [Joaquim Barros]. “O senhor José trabalhou comigo durante 26 anos, foi sempre muito pontual, passou a vida ao serviço da igreja”, salientou o sacerdote, que lembrou ainda como era importante e mais difícil a função de sacristão noutros tempos: “antigamente os sinos não eram automáticos, era preciso estar lá àquela hora em ponto, e o senhor José nunca falhou”.

 

    O finado, que deixa viúva Maria do Céu Ribeiro Soares, foi a sepultar no cemitério de Padornelo no dia 29 de Abril, perante um mar de gente que quis prestar-lhe as últimas homenagens.

 

Gorete Rodrigues

 

Notícia do jornal NOTÍCIAS DE COURA, edição n.º 184, 24 de Maio de 2011, p. 6.

20
Mai11

MANUEL AUGUSTO DANTAS

    Manuel Augusto Dantas nasceu em Requião, lugar da freguesia de Padornelo, concelho de Paredes de Coura, a 23 de Maio de 1894, faz agora 117 anos, filho primogénito de António Manuel Dantas e de Rosa Joaquina da Silva, lavradores; neto pela via paterna de Maria José de Sousa Dantas, solteira, lavradeira, de Requião; neto materno de Maria Teresa, solteira, de Paradelhas.

 

    Era irmão de Maria da Conceição Dantas e Marcelina Rosa Dantas, e viria a ser cunhado de José Dantas, “o Zé do Poço”, e de José Gomes Barreiro. Casou na Conservatória do Registo Civil de Paredes de Coura a 3 de Junho de 1915, com Libânia da Silva.

 

    “O Manuel da Quinta, como era vulgarmente conhecido no nosso meio, foi nomeado regedor da freguesia de Padornelo, por alvará lavrado pelas mãos de João Vieira de Sequeiros, presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Paredes de Coura, datado de 22 de Julho de 1939, posto que exercitou durante longos anos a contente geral, até ser substituído em 1960 por António da Trindade.

 

    Na antiga organização administrativa, o regedor era uma autoridade a nível de cada freguesia que acumulava funções de natureza administrativa, eleitoral, segurança local, manutenção da ordem e de agente do governo, embora subordinado ao presidente da câmara municipal, a quem prestava contas e por quem era indigitado e exonerado.

 

    Cidadão honesto, de elevado prestígio e carácter ordeiro, Manuel Augusto Dantas faleceu em Padornelo a 10 de Dezembro de 1968, aos 74 anos de idade.

17
Mai11

A ORIGEM DOS NOMES DA NOSSA TERRA – IX

Campo da BOGALHEIRA – Fitotopónimo.

 

    Terreno de cultivo, situado algures em Padornelo. Topónimo com alguma incidência na Galiza e no Norte de Portugal. Embora na Conservatória do Registo Predial apresente esta grafia, é evidente que diz respeito a bugalho com sufixação em -eira.

 

    O substantivo masculino bugalho, de origem obscura, designa uma «noz de galha, excrescência globosa, que se desenvolve sobre as folhas do carvalho». Neste caso estaremos perante um adjectivo feminino com o sentido «que respeita a bugalho; que é pequeno, reduzido»[1].

 

    Significa, também, uma espécie de gramínea que se encontra em terrenos incultos, conhecida por erva-isqueira, mas neste particular, não nos diz muito respeito, porquanto abunda nas charnecas do centro e do sul de Portugal.

 

    Nesta tese, que não partilho, estaríamos perante um terreno onde os vegetais e as folhas das árvores, devido a infestação provocada por certos insectos, apresentavam uma alta taxa de incidência de bugalhos, isto é, uma excrescência arredondada.

 

    Bugalho, a excrescência globosa, tem origem no celta bullāka[2], pústula, e do castelhano bugalla. Mas o topónimo da freguesia de Padornelo, está, isso sim, ligado à vida pastoril, derivado no nome “bugalha” – hoje desaparecido – com origem no latinismo bucula, a bezerra[3].

 



[1] J. P. Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1991, p. 613.

[2] José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, I volume, 8.ª ed., Lisboa, Livros Horizonte, 2003, p. 471.

[3] Almeida Fernandes, Toponímia de Ponte de Lima; Estudo Toponímico, II vol., Ponte de Lima, 2001, pp. 38 e 44.

Fontanário tanque nas Angústias, lugar da freguesia de Padornelo, concelho de Paredes de Coura.

 

13
Mai11

RECORDE UM GRANDE MINHOTO – Manuel da Silva Dantas Gomes

    A mão amiga de Eduardo Daniel Cerqueira – a quem muito agradeço – fez chegar ao nosso conhecimento este artigo que transcrevo na íntegra e partilho convosco.

 

    Neste mês de Dezembro a nossa homenagem a esse grande minhoto e vitorioso empresário do ramo da gastronomia Manuel da Silva Dantas Gomes, nascido a 6/4/47 em Padornelo, Freguesia de Paredes de Coura – Minho – Portugal.

 

    Filho caçula do casal de lavradores António Dantas Gomes e Amália Cecília da Silva, e tem ainda os irmãos Ilídio Gomes e Maria Gomes. O minhoto Manuel Dantas vem de uma família de lavradores e quando o mesmo tinha 3 anos, seu pai deixa a família em Portugal e resolve vir ao Brasil para tentar uma sorte maior na vida, trabalhou duro por aqui e nunca mais retornou a Portugal, e acabou falecendo aqui no Rio de Janeiro.

 

    Com 15 anos completos, Manuel Dantas passou a preocupar-se com o serviço militar, que naquela época era um motivo de grande preocupação, pois significava ir para a guerra em Angola. O Manuel Dantas resolve escrever a seu pai que pouco ou quase nada o conhecia, pedindo ao mesmo uma carta de chamada, pois pretendia seguir os mesmos passos de seu pai vindo para o Brasil. Em 22/2/1964 a bordo do navio Frederico C, desembarca no porto do Rio de Janeiro, em pleno carnaval.

 

    Logo que chegou ao Brasil começou a sua árdua missão, a procura de um emprego para começar a sua nova vida. Conseguiu seu primeiro emprego no Café Palheta, levado pelo amigo Antonio Varajão, passado algum tempo consegue um novo emprego no Café e Bar Porto Alegre, onde consegue ganhar um pouco mais, a seguir foi trabalhar na Casa Havanês, onde alem de ter uma melhoria no seu salário, foi ali que o Manuel Dantas teve a grande oportunidade de aprender tudo de restaurante, desde lavar pratos até a arte de cozinhar no preparo de saborosos pratos, permanecendo por lá 12 anos.

 

    Como todo emigrante naquela época, trabalhava muito durante a semana e no final de semana frequentava as domingueiras dançantes e tradicionais na época da Casa dos Poveiros. E nessas idas as domingueiras que o nosso grande minhoto Manuel Dantas teve os seus olhos e o coração fisgado por uma linda rapariga portuguesa, natural de Cinfães do Douro – Viseu, a querida Alice, e naquele dia ao som do Conjunto Vera Cruz, convidou-a para dançar e a partir daí não se separaram mais.

 

    Mais o Manuel Dantas não imaginava a árdua missão que ele teria de ter para conseguir namorar a Alice, pois o Sr. Jacinto pai da Alice não aceitava o namoro, mais graças a ajuda da futura sogra D. Adélia que gostou muito dele, ajudou a ele a conseguir convencer o Sr. Jacinto a ceder a mão da Alice. Dessa feliz união chega no ano de 1975, o filho Carlos Alberto, hoje seu sócio, amigo, e porque não dizer, seu braço direito no Restaurante Arábia Saudita no bairro de Fátima.

 

    Voltando a sua vida profissional o Manuel Dantas esteve durante 32 anos como sócio no Restaurante Barril 1800 em Ipanema, por onde durante esses anos passaram por momentos de muitas dificuldades e sacrifícios, mais graças a grande companheira Alice, teve sempre o apoio e a força necessária para superara esses momentos.

 

    No ano de 1980, retorna a Portugal pela primeira vez para rever sua querida mãezinha e seus irmãos e aproveita para apresentar sua esposa Alice, onde esse retorno foi cercado de grandes emoções por rever sua terra natal.

 

    Durante 8 anos o Manuel Dantas foi director da Casa do Minho, hoje devido seus afazeres profissionais apenas faz parte do Conselho de Beneméritos como diretor da comissão de contas, e o presidente da confraria de N.S. do Sameiro, mais toda vez que solicitado a colaborar com a casa, ele arregaça as mangas da camisa e mete a mão na massa, como fez na última noite de fados, que foi um sucesso, ele foi o verdadeiro mestre cuca.

 

    Assim resumidamente contamos um pouco da vida deste grande minhoto, grande amigo e vitorioso empresário Manuel Dantas, uma história de vida feita de muita luta e de muita dedicação ao seu trabalho, com o apoio fundamental da sua família.

 

 

Casa do Minho: Tradição Portuguesa no Rio de Janeiro

 

http://www.minho.com.br/index.php/2010/12/01/recorte-um-grande-minhoto-manuel-da-silva-dantas-gomes/

06
Mai11

MAZAREFES CANTA EM PADORNELO

Actuação da Tocata Regional da Associação Social Cultural Desportiva da Casa do Povo de Mazarefes na festa do XXIV aniversário da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Padornelo, durante o espectáculo Acordes de Primavera, que teve lugar na sede da Associação, na Valinha, lugar da freguesia de Padornelo, concelho de Paredes de Coura, a 20 de Março de 2011, com as cantigas tradicionais “Vira de Viana” e “Ó Linda”.

05
Mai11

Amâncio Barbosa eleito substituto para o Congresso da Associação de Municípios

    Amâncio Barbosa Lourenço, presidente da Junta de Freguesia de Padornelo e, por inerência, deputado na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, por votação que decorreu no passado dia 29 de Abril de 2001, foi indigitado pelos seus pares como substituto do representante dos Presidentes das Juntas para o Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, facto que muito honra a nossa povoação.

 

    Para melhor ilustrar a notícia, publicamos em complemento o edital que torna público a merecida eleição do Amâncio, que nos chegou às mãos por amabilidade do Eduardo Daniel Cerqueira, grande amigo da nossa freguesia.

 

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES DE COURA 

 

E D I T A L

 

    Torna públicas, em cumprimento do estabelecido no art. 34.º do Regimento, as deliberações deste Órgão Autárquico, tomadas em sessão ordinária, realizada às 21 horas do dia 29 de Abril de 2011, no Salão Nobre dos Paços do Município. 

 

= PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA =

 

    Ponto n.º 1 – Foi distribuída lista de registo de expediente diverso.

    A acta da sessão anterior, oportunamente distribuída e dispensada da sua leitura, depois de submetida à votação, foi aprovada, por maioria, com 36 votos a favor, sendo 24 do PS, 10 do PSD e 2 do PCP e 2 abstenções sendo uma do PS e outra do PSD, por não terem estado presentes.

    Ponto n.º 2 – Apresentação de assuntos relevantes para o Município e a emissão de votos e moções.

    Pelo Grupo Municipal do PS e José Pereira da Cunha, do PSD, foram apresentados dois Votos de Pesar pelo falecimento de Dario Martins. A Mesa propôs a junção dos votos, tendo sido aceite. Foram aprovados por unanimidade.

    Pelo Grupo Municipal do PS foi apresentado um Voto de Louvor ao Sporting Clube Courense por se ter sagrado campeão distrital no escalão de Benjamins (sub-11). Foi aprovado por unanimidade.

    O representante da comissão de Defesa da Floresta Contra Incêndios prestou informações sobre as actividades desenvolvidas.

 

    Ponto n.º 3 – Intervenções políticas pelos grupos municipais.

 

= ORDEM DO DIA =

 

    Ponto n.º 1 – Apreciação da informação escrita do Presidente da Câmara acerca da actividade do município, bem como da sua situação financeira, nos termos da alínea e) do art. 53.º, da Lei 169/99, de 18 de Setembro.

 

    Ponto n.º 2 – Apreciação, discussão e votação dos Documentos de Prestação de Contas da Câmara Municipal, do ano de 2010.

    Este ponto foi aprovado por maioria com 36 votos a favor, sendo 26 do PS e 10 do PSD, e 4 abstenções sendo 2 do PSD e 2 do PCP. O PSD apresentou declaração de voto.

 

    Ponto n.º 3 – Eleição do substituto do Presidente de Junta, para na sua falta e impedimento, representar as juntas de freguesia do concelho no XIX Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses, a 9 de Julho em Coimbra.

    Foi nomeado Amâncio Barbosa, do PS, como substituto do representante dos Presidentes das Juntas para o Congresso da ANMP, com 26 votos ‘sim’, 11 votos ‘não’, 1 voto nulo e 4 votos em branco. 

      

    Ponto n.º 4 – Intervenção do público.

 

    Para que conste se publica este edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos de costume.

 

PAREDES DE COURA, 2 de Maio de 2011

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