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No passado dia 13 de Julho de 2014, domingo, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, onde residia há 58 anos, faleceu o nosso estimado conterrâneo José da Silva Barbosa, aos 82 anos de idade incompletos, vítima de paragem cardíaca, depois de ter sofrido uma arritmia em finais do passado mês de Junho.
O “Zé do Laurentino”, como era conhecido, nascera a 4 de Novembro de 1932 no lugar de Covas, freguesia de Padornelo, filho de Laurentino Barbosa, natural de Mozelos, e de Aurora da Conceição Pereira Varajão, de Padornelo; neto paterno de Rosa Clara Barbosa e Silva, natural da vizinha freguesia de Mozelos; por via materna neto de José Narciso Pereira Varajão e de Maria Luísa Barbosa da Cunha, ambos naturais de Padornelo.
Foi festeiro da Comissão de Festas da Mordomia de Nossa Senhora das Angústias no longínquo ano de 1955, tendo emigrado para a República dos Estados Unidos do Brasil em Junho de 1956, onde constituiu família por via do consórcio com a portuguesa Maria Odete Ramos Barbosa, natural do Caramulo, sendo pais de Nilton Ramos Barbosa, que teve a espinhosa missão de comunicar o infeliz passamento de seu pai. Por isso, publico igualmente um texto de sua autoria em memória do seu saudoso progenitor:
José da Silva Barbosa.
O mais honesto que eu conheci.
Homem forte, vigoroso, trabalhador, religioso e perfeccionista.
Mesmo tendo frequentado somente até a quarta série, conhecia padrões de excelência e qualidade trazidos de berço e desenvolvidos ao longo de sua bela vida.
Zeloso por sua família e cuidadoso com quem o rodeava.
Justo, às vezes extrapolando a razão para defender o seu ponto de vista.
Querido pela maioria dos que com ele tiveram a felicidade de conviver (quase uma unanimidade).
Enfim, uma pessoa boa de se lidar, bondoso, caridoso, sensível, emotivo, ávido por facilitar a vida do próximo, cultivador de suas raízes, um bom homem que nos deixou órfãos da sua presença, mas que hoje brilha no céu assim como fazia aqui na Terra com suas tiradas oportunas.
Quisera eu ser apenas um grão do que ele foi e conquistar uma pequena parte do que ele conquistou, quando chegar o dia da minha partida ao seu encontro.
Obrigado pai, por tudo.
Nilton Ramos Barbosa.
Começo pelo fim: foi sem sombra de dúvida um espectáculo absolutamente extraordinário, tão-cheio de emoção, superior qualidade e talento a rodos, a transpirar em cada poro das mulheres em palco, um momento de bela poesia. Inolvidável, algo soberbo que excedeu as maiores perspectivas e anseios, como aliás seria timbre desta excepcional gente que sabe sentir profundamente a essência das coisas.
A Sala Principal do Teatro Municipal de S. Luiz, em Lisboa, repleta até aos anéis dos camarotes, quando terminou a exibição, levantou-se em uníssono impelida por mola colectiva, a tributar uma monumental salva de palmas, calorosa, sentida e emotiva, todos irmanados na mesma sublime êxtase, como se tivessem acabado de ouvir ferrinhos, raque-raque, pandeiros e trombetas da corte celestial.
A capital teve anteontem, 19 de Julho de 2014, o raro privilégio de assistir a um soberbo musical, onde até os silêncios eram carregados duma intensa carga emocional, dramática e cénica, uma singular riqueza simbólica. Que trinado de vozes esplendorosas aquelas, que corpos dançantes magistrais, que concepção cénica esplendorosa, as luzes, o espaço, isto e aquilo e tudo nos conformes! Maravilha das maravilhas e vitualhas para a alma!
E aquela coisa única, depois de terminado o espectáculo, público e artistas fraternizados numa tertúlia espraiada pela entrada do teatro e às portas da rua, onde mais de uma hora depois centenas de pessoas ainda conviviam como os dedos da mão, rostos luzidios e olhos cintilantes de felicidade, a trocar uma espiral de impressões e sensações ali no plenilúnio de Lisboa!
As mulheres courenses, um tesoiro desta natureza saído do estro de Paredes de Coura, estão de parabéns, e em especial as de Padornelo, ai-jesus dos meus cansados olhos, pessoas duma notável mais-valia, porquanto nas veias lhes corre sangue da arte de bem-fazer e bem saber fazer como as contas dum rosário velho. Bom, chega de conversa e vamos lobrigar o vídeo:
No passado dia 18 de Julho de 2014 nasceu a Constança, ditoso rebento para encher a vida do Roberto Miguel de Sá Castro e da Marlene Isabel Vaz Barbosa, pais babados em hora tão felicíssima e de espectativas vivenciadas. A neófita é o 10.º neto (se não me falham as contas) e mais um raio de luz na menina dos olhos do Amâncio Barbosa Lourenço e Felisbela Barbosa Vaz. A todos, pais, avós e demais parentes deixo o nosso abraço fraterno e para a rosácea recém-nascida vai toda a nossa emoção e desejo de maior felicidade.
Veja aqui um vídeo com uma amostra do sublime CHÃO – Um Espectáculo Musical Com Mulheres de Paredes de Coura, que vai ser levado à cena no próximo sábado, 19 de Julho de 2014 na Sala Principal do Teatro Municipal de S. Luiz, em Lisboa, às 21 horas, depois de ter sido exibido com estrondoso êxito, tanto em Paredes de Coura como no Porto, um musical verdadeiramente imperdível, que conta, como é consabido, com a preciosa participação das gentes de Padornelo: