Postal de 1910, segundo litografia de Francisco Valença, com o curioso pormenor do estadista Bernardino Machado estar em cima duma caixa de manteiga de Paredes de Coura.
BERNARDINO LUÍS MACHADO GUIMARÃES nasceu na cidade do Rio de Janeiro, Império do Brasil, a 28 de Março de 1851, faz hoje 165 anos, terceiro filho de António Luís Machado Guimarães, Barão de Joane, e de sua segunda mulher D. Praxedes de Sousa Ribeiro Guimarães.
SUA VIDA NA MONARQUIA CONSTITUCIONAL:
Foi bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra (1873); bacharel em Filosofia pela Universidade de Coimbra (1873); licenciado em Filosofia (1875); doutor em Filosofia (1876); professor da Universidade de Coimbra (1877 – 1907); deputado da Nação (1883 – 1887); director interino do Observatório Meteorológico da Universidade de Coimbra (1883); director da Secção de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica do Museu de História Natural (1886); Par do Reino pelos estabelecimentos científicos (1890 – 1895); presidente do 1.º Congresso do Magistério Primário (1892); Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (Fevereiro de 1893 – Setembro de 1894); grão-mestre da Maçonaria Portuguesa (1895 – 1899); presidente da Direcção do Instituto de Coimbra (1896 – 1908); presidente do Directório do Partido Republicano Português (1906 – 1909); presidente da Junta Consultiva do Partido Republicano Português (1909 – 1911); proprietário em Vila Nova de Famalicão, Porto, Lisboa, Paredes de Coura, Formariz e Romarigães; professor catedrático; estadista; escritor; publicista; conferencista; cientista; pedagogo.
SUA VIDA NA I REPÚBLICA:
Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório da República (Outubro de 1910 – Setembro de 1911); Ministro da Justiça interino (1911); deputado à Assembleia Nacional Constituinte (1911); senador da República (1911 – 1915); presidente da Direcção da Sociedade de Geografia de Lisboa (26 de Fevereiro de 1912); embaixador de Portugal no Brasil (Julho de 1912 – Janeiro de 1914); Presidente do Ministério (primeiro-ministro) e Ministro do Interior (Fevereiro de 1914 – Junho de 1914); Ministro dos Negócios Estrangeiros interino (1914); Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Junho de 1914 – Dezembro de 1914); Ministro da Justiça interino (Junho de 1914 – Julho de 1914); Presidente da República (5 de Outubro de 1915 – 11 de Dezembro de 1917); senador da República (1919 – 1925); Presidente do Ministério (primeiro-ministro), Ministro do Interior e Ministro da Agricultura (Março de 1921 – Maio de 1921); Presidente da República (11 de Dezembro de 1925 – 31 de Maio de 1926).
SUA VIDA DURANTE A DITADURA MILITAR E O ESTADO NOVO:
2.º exílio em Espanha e França (Fevereiro de 1927 – Junho de 1940); presidente do Comité Político da Liga de Defesa da República (1928); antifascista; regressa a Portugal e por motivos políticos foi-lhe imposta residência fixa a Norte do Douro, estabelecendo domicílio em Paredes de Coura (1940 – 1944).
Casou a 19 de Janeiro de 1882 com D. Elzira Dantas Gonçalves Pereira Machado, nascida no Brasil em 1865 e falecida no Porto em 1942, filha do conselheiro Miguel Dantas Gonçalves Pereira, natural da freguesia de Formariz, concelho de Paredes de Coura, e de sua primeira mulher D. Bernardina Maria da Silva Gonçalves Pereira.
D. Elzira Dantas Machado (como também usou) tinha sangue padornelense por via de sua avó paterna D. Teresa Joaquina Pereira Dantas, natural da freguesia de Padornelo.