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PADORNELO

Blogue acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO, freguesia do concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, publicado por JOFRE DE LIMA MONTEIRO ALVES.

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25
Dez05

Costumes de Tempos Idos: Filhoses

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    Doce caseiro que povoa a minha adolescência, graças à querida Tia Glória Alves, da Feteira. Calma, sei que a Feteira fica já na freguesia de Paredes de Coura, mas convém lembrar que a tia Glória Alves e o seu marido Gabriel Pereira Rodrigues, o saudoso “tio Gabriel”, viveram na Valinha, lugar de Padornelo, entre 1926 a 1942.

 

    Portanto têm direito a constar aqui. Mas muito me lembra de ver fazer e comer as filhoses que a tia Glória preparava como ninguém, no meu entender de comensal, um verdadeiro manjar dos deuses, naquela sua infinita bondade, e com o sublime toque de sapiência.

 

    Fazia-as a santa velhinha com farinha trigo e leite, e usava uma pedra já escavada pelo uso, que a punha a aquecer ao lume, e que creio que, para além do segredo e do amor que a tia Glória as fazia, era a pedra que lhe dava um gostinho especial e maravilhoso, gosto jamais igualado em qualquer outro pitéu, por ser uma verdadeira preciosidade.

 

    As filhoses servem-se frias e polvilhadas com açúcar e um pouco de canela.

 

    Algumas noções de filologia: filhó vem do termo latino filiola, cujo plural é filhós, embora filhoses se tenha vulgarizado.

 

 

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12
Dez05

CAPELA DE SANTIAGO: História e Curiosidades

igreja.gif  Padornelo, capela de Santiago

    O culto de Santiago em terras de Portugal é certamente bastante antigo, e conta ainda com uma forte corrente imaginária e de suporte do poder político, económico e religioso, que permite a sua sobrevivência e expansão enquanto fenómeno de variada matiz.

 

    Tiago, “o Maior”, filho de Zebedeu e de Salomé, nasceu na Galileia, sendo escolhido para enfileirar como apóstolo de Cristo e um dos seus mais íntimos. A tradição, difícil de documentar e ainda mais custosa de rebater pelos laivos inspirados de lendas e comportamentos colectivos de profundo fervor, alega que foi evangelizador da Península Ibérica.

 

    Na sua vinda à Hispânia entrou pelo Rio Lima para pregar as sagradas escrituras e as novas da redenção, sendo o evangelizador das terras da Galiza, que naquele tempo abarcava ainda o actual território do Minho. Isto, dizem, decorreu ali pelo ano de 35 no nascimento de Jesus Cristo.

 

    Regressado a Jerusalém, seria decapitado; os seus discípulos retiraram o corpo e colocaram-no numa barca, a qual guiada por um anjo, transportou o corpo do apóstolo até a Espanha, onde realizara a sua tarefa missionária e de evangelização.

 

    Após peripécias várias – vamos abreviar para não delongar a história – o seu corpo foi sepultado numa arca funerária construída debaixo dum altar e dentro duma pequena capela. E a memória disso tudo se perdeu, por alguns séculos, até quando em 813 se descobre por milagre – tempos milagrosos – a antiga capela e as campas fúnebres, que deduzem ser de Santiago e dos seus mais directos discípulos.

 

    O Rei D. Afonso II das Astúrias, deslocou-se ao lugar, e desse modo foi o primeiro peregrino e fiel protector da causa do santo, o que muito contribuiu para a glória e fama futura. Por sua vez, logo Santiago surge miraculado a combater os mouros ao lado dos cristãos, aumentando o número de milagres e incentivando a sua devoção, e de todo o lado acodem peregrinos a venerar a sua sepultura e os actos heróicos que praticava como guerreiro mata-mouros.

 

    O terceiro prodígio de veneração sucedeu quando um nobre cavaleiro, caiu ao mar e perante o perigo de morte, evoca o santo nome e a protecção de Santiago, foi salvo de morrer afogado, saindo de água com o corpo recoberto de conchas, elemento agora essencial na veneração e símbolo maior dos peregrinos e romeiros.

 

    Certo é que somente um século após a descoberta do túmulo do apóstolo já toda a Europa o venerava e conhecia uma complexa rede peregrinatória, de molde a ombrear com Roma e Jerusalém, e que atingiu o seu apogeu no século XI, nessa busca da expiação dos pecados que atormentavam o homem dessas eras. De hoje, não sei de semelhante crise existencialista.

 

    Em Portugal, fruto dessa fervorosa devoção, existem 183 freguesias com o orago de Santiago, e não surpreende que delas, 41 sejam em Braga, 29 no Porto e 22 em Viana do Castelo, número que seria maior na Idade Média, porquanto muitas outras freguesias com semelhante patrono já foram extintas.

 

    Em Paredes de Coura sob a sua evocação temos as freguesias de Infesta e Romarigães. Existem e persistem ainda inúmeras capelas privadas e públicas sobre a sua santa égide e evocação, sendo 18 no distrito de Viana do Castelo. Daqui se antevê a grandeza do fenómeno religioso e social e da vigorosa expansão geográfica ao culto divinatório a Santiago.

 

    Entre as capelas dessa evocação no distrito de Viana do Castelo avulta a de Padornelo. Não pelo seu valor esteta e de Arte imperecível, mas pela sua antiguidade e pela particular característica de ser comum com a freguesia de Parada, um caso sério de partilha comunitária, em tempos tão individualistas.

 

    Nesta altura convém saber, mesmo em estimativa, quando foi feita. A resposta, já de pronto, permite afirmar que é certamente muito antiga, talvez do século XII, a mais antiga do nosso concelho. Quanto mais pequena e mais isolada estiver uma ermida, maior será a sua antiguidade probatória.

 

    Ao consultar as Inquirições que o Rei D. Afonso III ordenou em 1258, encontro a seguinte passagem, que livremente transcrevo da parte que nos interessa, quando se fala da freguesia de Santa Marinha de Padornelo: «o Monte de Santo Jacobo, que parte pela real de cova de Martim até às laceiras.... e neste ... monte está uma ermida que chamam Santo Jacobus».

 

    Isto significa que no século XIII, a igrejinha já era tão antiga e estava tão enraizada no conceito popular e geográfico que dera origem a um topónimo, que hoje se perdeu, o Monte de Santiago.

 

    No que concerne a quem seriam os seus edificadores ou patronos, uma antiga tradição aponta os Cavaleiros Templários como os seus fundadores. Nas respostas que o reverendo padre José Bernardino Soares de Castro e Moscoso, abade da igreja paroquial de Santa Marinha de Padornelo, deu a 25 de Abril de 1758, e que estão averbadas no Dicionário Geográfico, declara, fazendo eco duma remota memória acerca da capela de Santiago:

 

«cuja capela existe no monte, e é antiquíssima, e há tradição que fora convento dos templários, não tem património, e se festeja alternadamente todos os anos pelos moradores desta freguesia e da de Parada e dista desta freguesia meio quarto de légua».

 

    Vamos espreitar a resposta do reverendo Pedro da Mota Ferraz, vigário da paroquial igreja de S. Pedro Fins de Parada, o qual acrescenta umas curiosas informações, como seja o facto de designar a capela de forma que considero inédita:

 

«ermida de Santiago de Birtelo, que está nos limites da freguesia de Padornelo e a sua festa se faz no seu dia, um ano a fazem os fregueses de Padornelo, noutro ano os fregueses de Parada e é tradição que houve no seu sítio um convento dos templários, esta ermida está fora do lugar sem vizinhança situada nas faldas do monte chamado de Balhadouro».

 

    Ficámos, assim, a saber dois dados curiosos: o monte que no século XIII era de Santiago, volvidos 500 anos tinha a denominação de Monte de Balhadouro, e que o nome integral da capela seria Santiago de Britelo. Vamos explicar estes dois topónimos. Birtelo, forma popular, que está por Britelo, corresponde à latinização de Bertellus, um antropónimo de origem germânica.

 

    Balhadouro, é topónimo raro e simultaneamente um provincianismo minhoto, que corresponde ao substantivo bailadouro, lugar onde se baila. Não custa acreditar que Britelo era o monge-guerreiro templário que fundou o convento e a capela, num lugar que correspondia a um ermo onde os habitantes das duas povoações faziam grandes folguedos e festejos.

 

    Já sabíamos que a capela de Santiago não está de modo algum associada aos vários itinerários, por onde os romeiros faziam o chamado Caminho de Santiago, e o isolamento absoluto que naqueles tempos por ali havia e que ainda hoje se denota, foi motivo mais que suficiente para levar os cavaleiros da Ordem militar e religiosa do Templo a erigir um mosteiro, do qual nada resta, a não ser a sua memória e tradição ainda presente e pujante nos século XVIII. Os templários radicaram-se em Portugal cerca de 1126. A nossa capela é do mesmo século.

 

    A capela tinha ainda em tempos recentes uma antiga e significativa imagem do seu santo padroeiro. A ameaçar ruína pela acção erosiva dos tempos e em consequente mau estado, foi chamado de Braga um santeiro, especialista que vaticinou remédio certo: concerto.

 

    Mas a confraria não dispunha de verba necessária para tal, e como a relíquia estivesse descamada e abria pequenas fissuras, recomendou ainda o santeiro como sagrado que no santo lenho nunca entrasse prego algum, caso em que seria o fim da imagem se alguém pregasse ali um prego que fosse no intuito de selar as brechas, seria a fatal e definitiva ruína, e que sem essa agressão duraria ainda bastantes decénios para glória vindoura.

 

    Contudo algum curioso investido nas funções de responsável pela capela, cheio de lógica voluntariosa, mas falho de bom-senso, resolveu, então, pintar a imagem para lhe dar outro aspecto, como fazem as velhas senhoras ao pintarem o cabelo: se o objectivo era faze-la ficar mais reluzente, o resultado final foi deveras fatal para a estatueta.

 

    Rapidamente degradou-se, sendo então de sobressalto vendida para Braga. E lá ficámos sem a estátua! Com o dinheiro dali resultante e para o seu lugar veio uma bugiganga de aspecto brilhante e garrido, mas de indiscutível mau gosto estético.

 

    Mas os disparates do tamanho da Sé de Braga não ficaram por aqui. Recentemente uma comissão de festeiros cheios de boa vontade e pouca percepção do mais amplo sentir estético – não a actual, note-se – destroçou e danificou de modo irreversível este monumento medieval, ao destruir a fachada e o conjunto granítico para lhe acrescentar uma arrecadação lateral e avançar a nave. O resultado é mau de mais para ser verdade e extremamente doloroso.

 

    Lendas e historietas abundam por aquelas serranias, porque o lugar é propício a isso. Como a dum pastor que levava por lá o seu gado a pastar e colocava os animais num simples cercado a ameaçar ruína, sob a divina protecção da imagem do santo, visto que o santo homem tinha a chave da capelinha.

 

    Confiante na salvaguarda e na habilidade pastorícia do bem-aventurado, ia tratar do resto da sua vida – porque a vida sempre esteve difícil para os pobres – e à tardinha passava por ali, recolhia a estatueta do santinho ao altar e o seu gado ao estábulo.

 

    O entendimento foi perfeito e durou anos sem queixume ou azedume de todas as partes, humana, animal e santificada. Mas um dia a estátua do santo talvez entediada ou mais meditabunda noutras arrelias que o comum do cidadão desconhece e não entende, não prestou a melhor atenção e o gado, que andava já certamente a espreita duma ocasião de suma distracção do santo, escapuliu-se do cercado e tresmalhou por esses montes.

 

    Quando ao sol-posto o pastor retornou na busca do gado para seu espanto e arrelia deparou-se com a santa imagem, impávida e serena, que nessa ocasião tão mau serviço lhe prestara, segundo a sua furibunda análise. Revoltado e esquecido dos muitos e prestimosos serviços que Santiago lhe prestara – os homens são assim, ingratos e curtos de memória –, e num acesso de fúria, deitou-o para o regato de água cristalina. Mas o santo sobreviveu a esse arrebatamento e ingratidão. Não sobreviveu depois à incúria que lhe destruiu a imagem e danificou a capela.

 

    Para finalizar, umas considerações acerca do nome de Santiago, que é uma particularidade genuína portuguesa. O apóstolo Santiago, ou S. Tiago não existe no calendário ou santoral cristão. Tiago é corruptela do nome do santo, que era Jacob ou Jacobus.

 

   Tudo isto, logicamente, devido à particularidade fonética e ortográfica da letra J. O nome Jacob em algumas línguas passou a ser lido Iacó e depois por força dum fenómeno fonético, a letra C transformou-se em G, donde surgiu Iago. Logo Santo Iago, que pela pronúncia e escrita apressada e pelo fenómeno de aglutinação deu origem a Sant’Iago e Santiago.

 

    A perda do primeiro elemento deu origem a Tiago, que por sua vez para recordar o santo desdobrou-se em S. Tiago. Como o T passava muitas vezes a D, em português transformou-se em Diogo, que sobreviveu a par de Jaime ou ainda Jácomo ou Jácome, em francês deu Jacques, em castelhano temos Jaime e Diego, em inglês James e em italiano Giacomo.

 

    Do primitivo nome do apóstolo temos ainda diversas palavras; jacobeia (peregrinação jacobeia), jacobeu (membro duma seita de fanáticos que existiu em Portugal), jacobice (hipocrisia), jacobina (terreno impróprio para a lavoura), jacobino (membro duma associação revolucionária de exaltados), jacobita (membro duma seita religiosa chefiada pelo bispo Jacob de Edessa), etc.

 

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