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PADORNELO

Blogue acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO, freguesia do concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, publicado por JOFRE DE LIMA MONTEIRO ALVES.

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30
Mar06

RIFONEIRO DE COURA: a Sabedoria Popular

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    Os ditos e os provérbios fazem parte integrante da cultura popular e duma velhíssima tradição oral de transmissão de conhecimentos, duma riqueza etnográfica.

 

    De qualquer maneira, os ditos populares, são, essencialmente uma ponte com o nosso passado, agora que o presente e a modernidade estão voltados para outros domínios.

 

    Muitos desses ditos e provérbios têm um carácter simbólico, embora a maioria carregue em si, a substância dum simbolismo que não se perdeu no seu todo.

 

    Nos tempos idos em que não havia luz, nem televisão, escola ou cultura erudita acessível para todos, o povo, na sua sapiência milenar, tinha um ditado para tudo, ou a propósito de qualquer coisa, na medida em tal processo fazia parte da sua alma, que traduziam vivências e conhecimentos, atitudes sociais que eram transmitidos de geração em geração.

 

E essa tradição era tanto ou mais enraizada, que ainda hoje, milhares de provérbios sobreviveram, alguns já falhos de conteúdo, mas mesmo assim repetidos com frequência inaudita.

 

    Esses adágios abarcam todas áreas do conhecimento e da existência humana, e por isso, vão ser apresentados divididos por temas, e como estamos em Março, obviamente, a primeira série dirá respeito aos ditos acerca deste mês.

 

MARÇO

 

A geada de Março tira o pão do baraço e a de Abril nem ao baraço o deixa ir.

 

 Aí vem meu irmão Março, que fará o que eu não faço.

 

 Bodas em Março é ser madraço.

 

 Cavas em Março e arrenda pelo S. João, todos o sabem e poucos o dão.

 

Em Março, as noites com os dias e os centeios com os matos.

 

Em Março chove cada dia um pedaço.

 

Em Março deita-te um pedaço.

 

Em Março espetam-se as rocas e sacham-se as hortas.

 

Em Março merenda o pedaço; em Abril merenda o merendil.

 

Em Março merendica e folgaço.

 

Em Março o pão com o mato, a noite com o dia e o Pedro com a Maria.

 

Em Março onde quer eu passo.

 

Em Março queima a velha com o maço.

 

Em Março tanto durmo como faço.

 

Em tardes de Março recolhe o teu gado.

 

Em vinte cinco de Março, se o cuco não se ouvir, ou é morto ou não quer vir.

 

Entre Março e Abril o cuco há-de ouvir.

 

Entre Março e Abril se o cuco não vier, está o fim do mundo para vir.

 

Enxame de Março apanha-o no regaço, o de Abril não o deixes ir, o de Maio deixai-o.

 

Inverno de Março e seca de Abril deixam o lavrador a pedir.

 

Março, aguaço.

 

Março amoroso, Abril ventoso, Maio remeloso, fazem o ano formoso.

 

Março, baço a noite com o dia, o pão com o sargaço.

 

Março, chove cada dia seu pedaço.

 

Março, chuvoso, S. João farinhoso.

 

Março de ano bissexto, muita fome e muito mortaço.

 

Março liga a noite com o dia, o Manel com a Maria, o pão com o pato e a erva com sargaço.

 

Março marçagão cura meadas, esteiras não.

 

Março marçagão, de manhã cara de anjo, à noite cara de ladrão.

 

Março marçagão, de manhã cara de rainha, de tarde corta com a fou­cinha.

 

Março marçagão, manhãs de Inverno, tardes de Verão.

 

Março marçagão, de manhã focinho de cão, ao meio-dia de rainha e à noite de fuinha.

 

Março marceja, pela manhã chove e à tarde colmeja.

 

Março molha o rabo ao gato, se Fevereiro ficar farto.

 

Março molinhoso, S. João farinhoso.

 

Março o cria, Março o fia.

 

Março pardo, antes enxuto que molhado.

 

Março queima a dama no paço.

 

Março ventoso, Abril chuvoso.

 

Março virado de rabo é pior que o Diabo.

 

Nasce a erva em Março, ainda que lhe dêem com um maço.

 

O grão em Março, nem na terra nem no saco.

 

Páscoa em Março, ou fome ou mortaço.

 

Poda em Março, vindima no regaço.

 

Quando em Março arrulha a perdiz, ano feliz.

 

Quando vem Março ventoso, Abril sai chuvoso.

 

Quem em Março açoreou, tarde acordou, mas quem a sua maçaroca fiou, com ela se achou.

 

Quem em Março não merenda, aos mortos se encomenda.

 

Quem não poda até Março, vindima no regaço.

 

Se queres bom cabaço, semeia em Março.

 

Se trovejar em Março semeia altos e baixos.

 

Sol de Março queima a dama no Paço.

 

Vento de Março, chuva de Abril, fazem o Maio florir.

 

Vento de Março e chuva de Abril fazem o vinho florir.

 

Vinho de Março, nem vai ao regaço

 

09
Mar06

Zés-P'reiras de Padornelo

passarinho.gif Zés-P'reiras de Padornelo

Grupo de bombos e Zés-P'reiras "Amigos da Farra", de Padornelo, apoiou e animou a final da Taça de Honra da Associação de Futebol de Viana do Castelo, no Campo Municipal da Coutada, Arcos de Valdevez, a 28 de Fevereiro de 2006, que terminou com a vitória do Sporting Courense. [Gentileza de Eduardo Daniel Cerqueira].

08
Mar06

Primeiro Aniversário do Blogue PADORNELO

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PADORNELO: Blogue acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO, faz hoje um ano, que em termos de blogosfera é uma idade considerável.

 

Neste aniversário não se vai falar das dificuldades e das infindáveis canseiras que tudo isto acarreta, mas somente do profundo prazer que foi, e ainda é, fazer e manter um projecto desta envergadura.

 

Embora longe da minha terra há mais de 35 anos, ela está, indiscutivelmente, sempre presente no meu coração e pensamento.

 

Um ano cumprido e comprido, resta desejar que venham mais. A todos os meus leitores, amigos e internautas, o meu sincero agradecimento, e um apelo: colaborem, porquanto este blogue é de todos os naturais, amigos e descendentes desta nossa magnífica terra. Bem hajam!

 

08
Mar06

Pessoas da Minha Terra: Mário Barreiro da Silva

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MÁRIO JOSÉ BARREIRO DA SILVA (Padornelo, 1923 + Padornelo, 2004) – Nasceu em Padornelo em 1923, filho de Manuel José Barreiro e de Au­rora Rodrigues da Silva. Faleceu no lugar das Angústias, Padornelo, a 6 de Junho de 2004.

 

     Tesoureiro da Junta de Freguesia de Padornelo (1971-1974).

Mário Barreiro da Silva
Mário Barreiro da Silva (1923+2004). [Gentileza de Fernando Abílio de Sá e Silva].

08
Mar06

Pessoas da Minha Terra: Professor António José Lages

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Professor ANTÓNIO JOSÉ LAGES (Linhares, 1857 + vila de Paredes de Coura, 1927) Natural da freguesia de Linhares, filho de Fortunato Lages e de Benedita das Dores Rodrigues Lages. Casado com D. Júlia Au­gusta Leite de Freitas Lages, professora primária oficial da escola da vila de Paredes de Coura, falecida em Abril de 1915. Fale­ceu na vila e freguesia de Paredes de Coura, a 15 de Agosto de 1927, foi inumado a 16 de Agosto no cemitério paroquial de Li­nhares.

                                 

Era pai de: D. Maria José de Freitas Lages Ribeiro (1885+1959), chefe da estação telégrafo-postal da vila de Paredes de Coura; D. Branca Clara de Freitas Lages, professora do ensino primário oficial da escola do sexo feminino da vila de Paredes de Coura; D. Ma­ria da Luz Freitas Lages, professora do ensino primário oficial da escola; D. Rosalina Cân­dida de Freitas Lages, pro­fessora do ensino primário oficial; D. Amélia de Freitas Lages, chefe da estação telégrafo-postal de Felgueiras; Eduardo de Freitas Lages, empregado fer­roviário; Aurélio Cândido de Freitas Lages, empregado comercial; José Firmino de Freitas Lages, empregado comercial; Deolindo de Freitas Lages, emigrado no Brasil.

                          

Pedagogo da Instrução Popular; professor formado (1877); professor do ensino pri­mário oficial da Escola Elementar do Sexo Masculino de S. Torcato de Guimarães (1895-1896); professor do ensino pri­mário oficial da Escola Elementar do Sexo Masculino de Padornelo, empossado a 8 de Maio de 1896 (1896-1917); louvado pela Inspecção Escolar pelo seu bom serviço (Dezembro de 1897).

                 

Zelador da festa de N.ª Sr.ª das Dores da vila de Pare­des de Coura (26 de Agosto de 1898); professor da aula nocturna do Atheneu Popular de Instrução e Recreio de Pa­redes de Coura, fundada a 4 de Outubro de 1904 (1904-1905).

              

Presidente da direcção do Atheneu Popular de Instrução e Recreio, da qual faziam parte: vice-presidente Dulcídio Hipólito da Cunha Ribas; tesoureiro Manuel Álvaro; 1.º secretário José Maria de Lima; 2.º secretário Joaquim Tomás Rodrigues Lages; vogais Domingos Rodrigues da Silva e António Maria Gomes, eleitos em Outubro de 1904 (1904-1905).

 

Fundador e vice-presidente do Centro Escolar de Pa­redes de Coura (1905-1907); 1.º se­cretário da direcção do Atheneu Popular de Instrução e Recreio, eleito a 17 de Julho de 1905 (1905-1906); vogal da Mesa Administrativa da Ir­mandade da Santa Casa da Miseri­córdia de Pare­des de Coura, eleito a 10 de Ju­nho de 1906 (1906-1908).

 

Fundador e vo­gal do Núcleo da Liga de Ins­trução de Paredes de Coura, fundado a 15 de Março de 1908 (1908-1910); fundador da Confraria de N.ª Sr.ª das Dores da Igreja Paroquial de Santa Maria de Paredes de Coura, a 7 de Feve­reiro de 1910.

 

Vogal da Comissão Administrativa da Confraria de N.ª Sr.ª das Dores da Igreja Paroquial de Santa Maria de Paredes de Coura, por alvará de 7 de Março e empossado a 17 de Março de 1910; 1.º subs­tituto do Juiz de Paz do Distrito de Paredes de Coura, nomeado em Agosto de 1910 (1910-1911).

 

Subdelegado do Procurador do Ministério Público na Comarca Judicial de Paredes de Coura, empossado a 12 de Junho de 1912 (Junho de 1912-Outubro de 1912); presidente da Mesa da Assembleia Eleitoral de Padornelo, nomeado a 11 de Dezembro de 1913 (1913); fundador e presi­dente da delega­ção concelhia de Paredes de Coura do Sindicato dos Professores Pri­mários de Portugal, eleito a 20 de Fevereiro de 1914 (1914-1915).

 

Presidente da Mesa da Assembleia Eleitoral para o ano de 1915, nomeado a 25 de Maio de 1915; alegando que tem mais de 40 anos de serviço efectivo e «que está impossibilitado de servir», solicitou a sua aposentação com o aumento do terço de ordenado, a 25 de Outubro de 1917.

 

Professor António José Lages
Professor António José Lages (1857+1927). [Gentileza de D. Maria da Luz Castro Marinho].

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