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PADORNELO

Blogue acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO, freguesia do concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, publicado por JOFRE DE LIMA MONTEIRO ALVES.

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30
Dez09

Exposição: UM ARTESÃO DA NOSSA TERRA

De 18 de Dezembro de 2009 a 31 de Janeiro de 2010

       

"UM ARTESÃO DA NOSSA TERRA:

DUARTE, O FAZEDOR DE MINIATURAS"

                                                

    Duarte Manuel Ferreira Rodrigues, nasceu a 18 de Agosto de 1935 na freguesia de Ferreira, concelho de Paredes de Coura. Aos 3 meses de idade foi viver para Formariz com os seus pais onde permaneceu até aos 29 anos. Emigrou para França e regressou à sua terra natal 27 anos mais tarde.

                                                                                

    As experiências do trabalho em madeira mantiveram-se desde a altura em começou a trabalhar com o seu pai na antiga serração de São Bento em Cossourado.

                                                                        

    Em 1964 construiu a primeira peça em miniatura, a sua casa em Formariz onde morou durante 27 anos. O seu mais recente trabalho é uma maqueta minuciosa da freguesia de Formariz entre os anos de 1900 a 1960, desde a Ponte do Bouço até a aldeia do Codessal.

                                                                            

Centro Cultural de Paredes de Coura

Avenida do Cónego Dr. Bernardo Chouzal

 

Horário:

·         Terça – Sexta-feira: 10h – 12h30 e 14h – 18h;

·         Sábado e Domingo: 14h – 18h.

 

Contactos:

·         Telefone: 251 780 124

·         Faxe: 251 780 121

 

27
Dez09

PASSAGEM DE ANO EM PAREDES DE COURA

Dia 31 de Dezembro de 2009

 

Quinta-feira

 

22h30 – 6h00

 

Largo de Hintze Ribeiro

 

Vila de Paredes de Coura

 

PASSAGEM DE ANO 2009/2010

 

Entrada Livre

 

·       3 PISTAS de DANÇA

 

·       Orquestra Royal

 

DJ’s:

·       Nuno Calado – Antena 3

·       DJ Xavier – SIC Radical

 

·       Tenda aquecida

 

·       Bolo-rei e Champanhe

 

23
Dez09

NOTAS SOLTAS SOBRE O NATAL MINHOTO

    Ao longo dos anos fui coligindo alguns apontamentos sobre diversos usos e costumes minhotos, entre os quais avultam umas notas sobre a quadra natalícia, colhidas de levante a poente a ouvir as gentes idosas das nossas aldeias, mas também com recurso a consulta bibliográfica, hoje passadas a pena.

    Em Paredes de Coura, mal entrava a aragem do Natal, os lavradores usavam os doze dias antecedentes para fazerem conjunturas sobre o estado do tempo no ano seguinte. Assim, o dia 13 de Dezembro representaria a meteorologia do mês de Janeiro, o dia 14 afigura Fevereiro, sendo o mês de Dezembro vindouro representado pelo próprio dia 24, o da consoada.

    Na madrugada do dia 16 de Dezembro começava a Novena de Natal, como processo de purificação e preparação, com missas, ladainhas e cantos litúrgicos, rezando-se nove padre-nossos, nove ave-marias e nove glórias. Esta antiga prática religiosa originou a expressão «semana dos nove dias».

    Por sua vez, José Leite de Vasconcelos (Etnografia Portuguesa, vol. VIII, 1982, p. 508) faz a referência à Rezada do Alho, antiquíssimo costume da freguesia minhota de S. João de Rei, Póvoa de Lanhoso, rezada no adro da igreja, onde se distribuía uma malga de vinho, uma fatia de broa e alhos pelos presentes, por entre padre-nossos e ave-marias. 

Presépio mecânico de Paredes de Coura - Fotografia de Eduardo Daniel Cerqueira    O presépio era, então, um costume muito radicado, ocupando lugar cimeiro no imaginário popular, no entusiasmo da criançada e na casa do lavrador, com montanhas verdejantes, plantas vicejantes, casinhas maviosas, cascatas cristalinas, esplêndidas fontes, gentis mulheres, laboriosos camponeses, diligentes trabalhadores, pastores, grutas acolhedoras, cândido menino nas palhinhas bafejado pelo burro e a vaca, a Virgem Maria e o venerável S. José, por entre vultos bíblicos e antigos romanos, tais e tais. Tudo num ambiente bucólico e pueril, mistura tanto do divino como do profano, espectáculo de tamanha excelsitude.

    Na antevéspera, a 23 de Dezembro, a tradição alto-minhota exigia de lei a visita ao cemitério, romagem de saudade aos entes queridos falecidos, na crença que os nossos maiores, os antepassados, iriam estar em espírito na Consoada.

    Para aquecer a noite gélida, um madeiro de carvalho era colocado na lareira. Diziam as santas avós, em sabedoria milenária, que o fumo e as cinzas do Canhoto de Natal tinham a miraculosa função de repelir as faíscas e trovoadas, uma espécie de pára-raios campestre, além de eficazes propriedades medicinais em certas doenças, devendo para tal arder da Consoada ao Dia do Ano Novo.

    Noutras terras, como Padornelo (Paredes de Coura), guardava-se religiosamente uma acha do cepo queimado para ser lançado à lareira e queimado de novo em dia de grande trovoada ou temporal medonho, dadas as suas sobrenaturais virtudes contra as tempestades. Até onde chegar o fumo do Canhoto de Natal não tombaria raio nenhum no ano seguinte (Famalicão, Paredes de Coura).

    Em Vila Nova de Famalicão também a borralha da lareira da Consoada era usada para fins curativos na medicina popular. Os cascos das pinhas queimados na noite de Natal para extracção dos pinhões tinham, igualmente, propriedades de protecção contra os trovões, sendo guardados e novamente colocados ao lume em dias de borrasca (Famalicão, Barcelos)

    Nalgumas localidades do Baixo Minho mais raiano com Trás-os-Montes (Terra de Bouro, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto), a rapaziada surripiava um cepo de carvalho ou azinheira para ser queimado no adro da igreja durante a noite de 24 para 25 de Dezembro, sem reprovação pública do proprietário a quem retiravam o tronco, que assim “fornecia” o madeiro para a fogueira. O Canhoto de Natal era transportado inteiro num carro de bois, em ambiente festivo e de grande algazarra, folia rude dos povos.

    Em Padornelo, freguesia do concelho de Paredes de Coura, ainda na década de 1960 fazia-se um delicioso arroz de polvo seco para a Ceia da Consoada, que sei ter sido usual e tradicional em Pias, a compor escolta ao obrigatório bacalhau. Aqui, nesta localidade de Monção, a parte da doçaria era composta por bolos de chila e tostas, designação que davam às rabanadas.

    Em Viana do Castelo, para fazer companha ao bacalhau e ao polvo estufado com torradas finas, guarnecia a mesa um terceiro prato de bolinhos de bacalhau com esparregado de nabiças, resguardado por arroz-doce, rabanadas antigas, bolinhos de jerimu ou abóbora-menina, mexidos de mel, terminado ao ceiote – ceia depois da meia-noite – com a sopa dourada de Natal. Tudo um manjar dos deuses.

Presépio mecânico de Paredes de Coura - Fotografia de Eduardo Daniel Cerqueira    Embora o arroz-doce fosse elemento essencial da doçaria da Páscoa em muitas casas era, ainda, vulgar formar a modesta bateria de doces que vinha adoçar a mesa de Natal, iguaria de fazer rir os olhos, no resto do ano só havia cibo de broa.

    Os formigos são, por excelência, o doce natalício da região de Ribeira Lima, feitos com pão de trigo duro, que se esfarela para dentro dum pote ao lume, com água e mel, mexendo-se sempre. Quando a massa borbulhar, mostrar boa catadura e ficar mais consistente, juntava-se-lhe uvas passas, nozes e figos aos pedacinhos, fervendo depois mais uns minutos. Deve servir-se frio, sendo feito dois ou três dias antes da consoada e em grande quantidade, não era tempo de ser somítico de unhas rentes.

    Uns dos acepipes mais usados na mesa alto-minhota eram as bêbedas, fatias de pão trigo cortadas com um dedo de espessura, levemente torradas e mergulhadas numa calda de vinho, canela e açúcar ou mel. Noutras localidades, como em Padornelo (Paredes de Coura), ou em Riba de Mouro (Monção), as fatias ficavam a embeber, mergulhadas na dita calda de vinho, açúcar e canela, atoladas em gozo gastronómico.

    Os pinhões eram presença constante em qualquer mesa, festim ao lado do arroz-doce, as rabanadas minhotas – umas bêbedas em calda de vinho, mel e canela, outras fidalgas –, as fatias-de-paridas polvilhadas de açúcar, os figos, as uvas passas, as nozes e toda a casta de vitualhas. As pinhas estão lembradas nesta quadra maviosa de Viana do Castelo:

Nossa Senhora da Serra
Lá anda no pinheiral,
Apanhando pinha mansa
Para a noite de Natal.

    Ao fim do serão, à volta do lume comia-se a sopa de vinho quente, adocicada com mel ou açúcar, dentro dum grande malga, entulhado com broa ou pão trigo a fazer a parte sólida. Era a única altura em que se comia sopa, pois o resto do ano somente o caldo vinha à mesa do lavrador.

    Em São Lourenço da Montaria, freguesia do concelho de Viana do Castelo, a tradicional consoada com bacalhau, nabos e couves emparelhava ainda com a consoladora sopa de vinho quente com açúcar. Tudo de estalo e truz.

    Por sua vez, em Monção, umas horas depois da ceia, a família comia a sopa de trigo, preparada num grande alguidar, com recurso a vinho verde tinto, açúcar e pão de trigo aos pedaços, de fazer estoirar o cós das calças.

    Em qualquer localidade do Alto Minho a mesa, com os seus restos alimentares, ficava posta na noite de 24 para 25 de Dezembro. Não podia ser levantada sob pretexto nenhum, para saciar as alminhas e os “anjinhos”, que vinham comer de noite, enquanto a famelga dormia. No Baixo Minho até se punha um talher suplementar para honrar a memória dos familiares já mortos, e, também, não se levantava a mesa da consoada a fim de servir o repasto às almas.

Presépio mecânico de Paredes de Coura - Fotografia de Eduardo Daniel Cerqueira    Em suma, a Consoada de Natal do distrito vianense, pese embora as variáveis, era composta por bacalhau cozido com batatas, ovos, cenouras e couve penca curtida pela geada, seguido de polvo estufado ou arroz de polvo meia-cura, rabanadas minhotas, rabanadas antigas, rabanadas fidalgas, formigos ou mexidos do Natal e pão-de-ló, numa mesa adornada por nozes, figos, passas, pinhões e avelãs, tudo bem regado com um odre do bom vinho. Após a missa do galo, o estômago era acalmado com a sopa de vinho quente, adoçada com mel ou açúcar e reforçada, nas casas mais abastadas, com um calistro de vinho fino (Porto, Madeira ou Moscatel).

    Enquanto o canhoto ardia na lareira, as mães e as mãezinhas – tratamento carinhoso para as avós – cantarolavam as seguintes quadras, com o mesmo fervor dos salmos do Rei David cantados no coro da Sé:

Donde vêm os Reis Magos?
Da parte do Oriente
A adorar o Deus menino
Que é Jesus omnipotente.

            

Foram a casa de Herodes
Por ser o melhor reinado,
Para saber o caminho
Onde Jesus era nado.

             

Herodes como malvado
Como profeta malino,
Às avessas ensinou
Aos Santos Reis o caminho.

          

A estrelinha os guiou
Para cima duma cabana,
O menino encontrou
Deitado numa choupana.

             

A cabana era pequena
Não cabiam todos três,
Mesmo assim adoraram
Cada um por sua vez.

           

Todos eles ofereceram
Oiro, mirra e incenso,
Ele nada precisava
Porque era já imenso.

    No entrementes entoavam esta cantiguinha popular de Natal, com o rapazio a fazer coro, ou a atrapalhar, conforme o sono do adiantado da hora e o monco de palmo, colhida inicialmente em Ponte de Lima:

Ó que noite de lura
Ó que noite de alegria!
Caminhando vai José
Caminhado vai Maria.

         

Ambos vão para Belém
Mais de noite que de dia,
Quando chegaram a Belém
Já toda a gente dormia.

          

Abri-nos essas portinhas
Porteiros da agonia
.
Vinde, vinde senhora
Até ser claro o d
ia.

          

S. José foi pelo lume
S. José que fazeria?
Já a Virgem tinha parido
Era agora novo dia.

            

Desceu um anjo à terra
Paninhos de oiro trazia,
Tornando a subir ao céu
Cantou uma Ave-Maria.

          

Pai Eterno lhe perguntou
Onde estava Maria,
Maria estava bem
O menino sorria.

    Até os aforismos populares fazem alusão directa, ao garantir-nos que «no dia de Natal, já o dia tem mais um saltinho de pardal», mas asseguram que «de Todos-os-Santos ao Natal é Inverno natural».

    A noite de Natal marcava de modo determinante a vida das pessoas, pois acreditava-se nessa ocasião que se o luar fosse intenso o linho medraria imenso e a colheita seria boa. Ao invés, a noite escura prenunciava uma produção aziaga.

    Também o alho recebe a protecção explícita da quadra festiva, como garante a sabedoria popular que costuma meditar à vontade nestas coisas (Minho, Beira e Trás-os-Montes):
Quem quiser bom alhal
Semeia-o pelo Natal
.

Presépio mecânico de Paredes de Coura - Fotografia de Eduardo Daniel Cerqueira    Nas horas que antecediam a Missa do Galo, à volta da lareira onde o Canhoto de Natal tinha a santa função de abrasar toda a noite, brincava-se ao “rapa-tira-deixa e põe”, um jogo de pinhões, enquanto os crescidos jogavam às cartas ou lembravam os familiares e as narrativas de arrepelar os cabelos.

    Noite cerrada, os sinos convocavam os fiéis para a Missa do Galo, ala que se fazia tarde para beijar a imagem do Menino Deus e uma mó de gente inspirada pelo Altíssimo a entoar:

Alegrem-se os céus e a terra
Cantemos com alegria,
Já nasceu o Deus Menino
Filho da Virgem Maria.

    Em geral eram rezadas três missas de Natal, a missa do galo (meia-noite de 24 para 25 de Dezembro), a designada “missa da galinha” – logo na manhã de 25 de Dezembro – e a missa ordinária na tarde deste último dia. Quem assistisse às três liturgias recebia a graça infinita de amparo celestial e mais indulgências do Céu contra maleitas e maus-olhados.

    A Santa Noite de Natal escorria beatitude, a ter dó na humanidade. Era a única do ano em que se podia andar em completo sossego na medonha escuridão, mesmo sem recurso ao santo anjo da guarda, aliviado do pavor das aparições das abantesmas, almas penadas, lobisomens ou coisas-más, conforme crença neste extraordinário prodígio nocturno arreigada em Paredes de Coura e Ponte da Barca.

    Na madrugada de 25 de Dezembro, no rescaldo da festança, o Menino Jesus descia pela chaminé para deixar os presentes no sapatinho. A miudagem espertava com as galinhas, mal rompia a alva da manhãzinha, e sem conter o coração aos saltos investia a lareira à cata das modestíssimas prendas em tempos de vacas magríssimas, cotejadas com o despesismo actual, contudo inegavelmente mais preciosas.

    Naquela altura o Pai Natal não existia no Minho, nem embocava chaminés adentro, nem tínhamos com ele atenção de lei e mesuras. Os presentes eram trazidos pelo Menino Jesus no dia 25 e nunca na véspera.

    Ao almoço – ou jantar como então se dizia naquele torrão de sossego – do dia 25 de Dezembro comia-se a roupa velha, uma delícia feita com o sobejo da lauta consoada. Para amanhar a janta da Ceia de Natal, matava-se um soberbo galo da capoeira, preparado com arroz de pica no chão e chouriço de reco cevado a castanhas, um pitéu que suspirava no estômago.

Presépio mecânico de Paredes de Coura - Fotografia de Eduardo Daniel Cerqueira    O Natal era a festa da família, por excelência, que assistíamos de olhos esbugalhados. Época harmoniosa, sinal de mesa farta idêntica ao milagre de Caná, de molde a reconquistar as almas e o Reino de Sião a Satanás, de deslumbrante placidez supraterrestre, como se chovesse sobre todos o maná da fartura, para retemperar forças do corpo moído de pancada na canseira da labuta diária. Mais do tempo a vida era dor e provação.

22
Dez09

SOLTA E BREVES

    Encontra-se em fase de conclusão, as obras de melhoramento na igreja de Santa Marinha. Esta igreja destina-se essencialmente a servir a comunidade como casa mortuária.

 

    As obras de melhoramento passam por dotar o edifício de infra-estruturas essenciais, tais como mudança de piso e aquecimento, entre outras. Com vista à angariação de fundos para a conclusão das obras, a comunidade está a organizar um ramo do menino.

 

    Por outro lado, está de volta a casa a nossa conterrânea Clara Araújo, depois de uma intervenção cirúrgica. Desejamos-lhe uma boa e rápida recuperação.

 

    Pela catequese, referência para a ceia de catequistas das três comunidades paroquiais, Padornelo, Parada e Mozelos, que se realizou no dia 13 de Dezembro [de 2009]. Desta forma, o grupo não quis deixar em branco esta quadra natalícia.

 

    Por fim, nota para um nascimento. Alicia Fernandes, que nasceu no dia 25 de Setembro, sete minutos depois da meia-noite, com 3,400 kg e 50 cm, é filha de Artur Rodrigues Fernandes e da padornelense de Lamarigo, Cidália Fernandes, família residente em França, na região de Versalhes. Apurámos junto dos pais que o bebé está bem de saúde, tendo já com dois meses de idade, cinco quilos e meio de peso e cinquenta e nove centímetros de altura. Parabéns aos pais e toda a sorte do mundo para a Alicia!

 

Ivone Barreiro

 

Notícia do jornal NOTÍCIAS DE COURA, edição n.º 154, de 22 de Dezembro de 2009, p. 16.

 

21
Dez09

CENTRO DE ACTIVIDADES OCUPACIONAIS DE PAREDES DE COURA

    Após a emissão de um parecer positivo do Conselho Local de Acção Social (CLAS) e do Centro Distrital de Segurança Social de Viana do Castelo, foi apresentada uma candidatura ao Programa PRODER para instalação de um Centro de Actividades Ocupacionais. Esta candidatura é fruto de um acordo de parceria entre a Câmara Municipal de Paredes de Coura e a Santa Casa da Misericórdia de Paredes de Coura traduzido num contrato de comodato celebrado entre as partes.

 

    A estrutura sócio-educativa de apoio aos jovens e cidadãos portadores de deficiência terá uma capacidade de acolhimento de 20 utentes e será implementada através do restauro e ampliação da “Casa do Juiz”, edifício emblemático situado na Rua do Dr. Albano Barreiros defronte do antigo Hospital da Misericórdia (para onde está prevista a instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados).

 

    A “Casa do Juiz”, propriedade municipal, após ter servido de alojamento de magistrados durante décadas, teve as mais variadas funções, chegando inclusivamente a acolher o primeiro jardim-de-infância de Paredes de Coura.

 

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