RIFONEIRO DE COURA: a Sabedoria Popular - VIII
Caindo o Natal à segunda-feira pode o lavrador alugar a eira.
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
Dezembro frio, calor no estio.
Dezembro molhado, Janeiro geado.
Dezembro ou seca as fontes ou levanta as pontes
Dezembro quer lenha no lar e pichel a andar.
Em Dezembro a uma lebre galgos cento.
Em Dezembro ande o frio por onde andar, pelo Natal há-de chegar.
Em Dezembro chuva, em Agosto uva.
Em Dezembro descansa, em Janeiro trabalha.
Em Dezembro descansa, mas não durmas.
Em Dezembro descansar para em Janeiro trabalhar.
Em Dezembro dos Santos ao Natal é Inverno natural.
Em Dezembro lenha e dorme.
Em Dezembro quem vai ao S. Silvestre, vai um ano, vem no outro e não se despe.
Em Dezembro quem vareja antes do Natal, deixa azeite no olival.
Em Dezembro se queres bom alhal, semeia-o pelo Natal.
Em Dezembro treme o frio em cada membro.
Em Dezembro vinho, azeite e amigo sempre do mais antigo.
Laranja antes do Natal livra o catarral.
Não há Dezembro valente que não trema.
Natal a assolhar, Páscoa ao luar.
Natal à segunda-feira, lavrador alarga a eira.
Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano famoso.
Natal na praça, Páscoa em casa, Espírito Santo em campo, faz o ano franco.
Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.
Pelo Natal, neve no monte, água na ponte.
Se os pepinos dessem em Dezembro, ninguém os comeria.