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PADORNELO

Blogue acerca da terra, das pessoas, dos costumes e da História de PADORNELO, freguesia do concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, publicado por JOFRE DE LIMA MONTEIRO ALVES.

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01
Jan07

RIFONEIRO DE COURA: a Sabedoria Popular - IX: JANEIRO

    Ano novo, vida nova, e ano novo é sinónimo de Janeiro, o primeiro mês do ano moderno, O primeiro, agora, porque nem sempre foi assim, pois nos tempos da antiguidade romana este era somente o undécimo mês. Foi Numa Pompílio, o segundo dos sete reis de Roma, que alterou o calendário civil, e por ser grande devoto do deus Jano, mandou edificar um templo e a quem consagrou esse mês, que começou então a ser o primeiro.

 

    Esta antiquíssima divindade é representada com um rosto hirsuto, de duas faces, com uma vara numa mão e na outra uma chave, embora outras representações, apresentam-no com o número 365 gravado, para expressar a duração do ano. Tinha simbolicamente dois rostos para exercer o poder tanto na terra, como no céu, mas também para ver o passado e o futuro. Superintendia ao início do ano por ser o deus do princípio.

 

    Era o primeiro a ser evocado nas cerimónias religiosas, por presidir às portas do céu, mas também pelo importante facto de ser através dele que as preces e os pedidos humanos chegavam ao conclave celestial, onde repousavam os demais deuses do fastio da eternidade.

 

    Jano, do latim janua, tem o significado de «porta», «entrada», por onde, logicamente, entra o novo ano. O primeiro mês a ele consagrado recebeu a designação de januarius, Janeiro.

 

    O povo, que é sagaz, observador, soube apreciar as virtudes e defeitos, grandeza e misérias deste primeiro mês, e talvez por isso seja aquele que mais sentenças populares reúne em seu torno. Eis aqui uma colectânea.

 

A água de Janeiro vale dinheiro.

 

A galinha de Janeiro vai pôr com a mãe ao colmeiro.

 

Água de Janeiro todo o ano tem concerto.

 

Ano de neve, paga o que deve.

 

Ao galgo mais lebreiro, foge a lebre em Janeiro.

 

Ao luar de Janeiro, vê-se raposa no outeiro.

 

Ao minguante de Janeiro, corta o madeiro.

 

Aproveite Janeiro quem folgar em Fevereiro.

 

Bacon de Janeiro com seu pai vai ao fumeiro.

 

Boa noite após mau tempo em Janeiro, traz depressa chuva ou vento.

 

Bom tempo no Janeiro e mau no estio, bom ano de fome, mau ano de frio.

 

Bons dias em Janeiro vêm a pagar-se em Fevereiro.

 

Branco em Janeiro, sinal de pouco dinheiro.

 

Calça branca em Janeiro é sinal de pouco dinheiro.

 

Canta o melro em Janeiro, temos neve até ao rolheiro.

 

Carne de mocho em Janeiro é melhor que de carneiro.

 

Chuva de Janeiro e não frio vai dar riqueza ao estio.

 

Chuva de Janeiro, cada gota vale dinheiro.

 

Coelho em Janeiro é cavalheiro.

 

Comer laranjas em Janeiro é dar que fazer ao coveiro.

 

De flores de Janeiro ninguém enche o celeiro.

 

De Janeiro a Fevereiro o dinheiro é do banqueiro.

 

Em Janeiro casa-te, companheiro.

 

Em Janeiro deixa a fonte e vai ao ribeiro.

 

Em Janeiro deixa o rábano ao rabaneiro.

 

Em Janeiro junta a perdiz ao parceiro.

 

Em Janeiro mete obreiro, mês meante que não ante.

 

Em Janeiro nem galgo Laboreiro, nem açor perdigueiro.

 

Em Janeiro o boi e o leitão engordarão.

 

Em Janeiro pasta a lebre no lameiro e o coelho à beira do regueiro.

 

Em Janeiro seca a ovelha e suas madeixas ao fumeiro.

 

Em Janeiro sete capelos e um sombreiro.

 

Em Janeiro sete casacos e um sombreiro.

 

Em Janeiro sobe o outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires terrear, põe-te a cantar.

 

Em Janeiro têm os dias um saltinho de carneiro.

 

Em Janeiro todo o burro é sendeiro.

 

Em Janeiro todo o cavalo é sendeiro.

 

Em Janeiro um porco ao sol, outro ao fumeiro.

 

Em Janeiro, cada pinga mata seu grãeiro.

 

Em Janeiro, meia o celeiro; se o vires meado, come regrado.

 

Frango de Janeiro canta à meia-noite em ponto.

 

Goraz de Janeiro vale um carneiro.

 

Inverno que não vem em Janeiro, vem dois em Fevereiro.

 

Janeiro e Fevereiro enchem e vazam o celeiro.

 

Janeiro fora, cresce o dia mais uma hora.

 

Janeiro fora, mais uma hora, e quem bem contar hora e meia há-de achar.

 

Janeiro frio e molhado, enche a tulha e farta o gado.

 

Janeiro frio ou temperado passa-o enroupado.

 

Janeiro geadeiro, nem boa meda, nem bom palheiro.

 

Janeiro geoso, Fevereiro nevoso, Março mulinhoso, Abril chuvoso e Maio ventoso, fazem o ano formoso.

 

Janeiro greleiro não enche celeiro.

 

Janeiro mijão, não dá palha nem pão.

 

Janeiro molhado não é bom para o pão, mas é bom para o gado.

 

Janeiro molhado se não cria pão, cria gado.

 

Janeiro quente, traz o Diabo no ventre.

 

Janeiro quer-se geadeiro.

 

Janeiro tem uma hora por inteiro.

 

Janeiro, cada sulco seu regueiro.

 

Laranjas em Janeiro dá que fazer ao coveiro.

 

Lua a de Janeiro e amor o primeiro.

 

Luar de Janeiro não tem parceiro, mas o de Agosto dá-lhe no rosto.

 

Luar de Janeiro não tem parceiro.

 

Minguante de Janeiro corta madeiro.

 

Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.

 

No primeiro de Janeiro, sobe ao outeiro para ver o nevoeiro.

 

O boi e o leitão em Janeiro engordarão.

 

O bom tempo de Janeiro faz o ano galhofeiro.

 

O mês de Janeiro e Fevereiro, ou enche ou vaza o espigueiro.

 

Obreiro em Janeiro pão te comerá, mas obra te fará.

 

Os bons dias em Janeiro vêm-se a pagar em Fevereiro.

 

Os escalos em Janeiro têm sabor de carneiro.

 

Pinto de Janeiro vai pôr atrás do solheiro.

 

Pinto de Janeiro vai pôr com sua mãe ao colmeiro.

 

Quem não traz calças em Janeiro, não empresta o teu dinheiro.

 

Sapatos brancos em Janeiro, sinal de pouco dinheiro.

 

Se Janeiro não tiver trinta e uma geadas, tem de as pedir emprestadas.

 

Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de Janeiro.

 

Se queres ser bom milhareiro, faz o alqueire em Janeiro.

 

Se queres um bom alheiro, planta alhos em Janeiro.

 

Sol de Janeiro anda sempre atrás do outeiro.

 

Trovão de Janeiro, nem bom prado, nem bom palheiro.

 

 

 

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